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0) Quais são as estatísticas de aprovação da Escola de Mestres?
1) O que podemos chamar de escolas públicas de excelência para acesso por quem mora no Rio de Janeiro?
2) Como variam programas e provas de concurso para concurso?
3) Vale a pena insistir em colocar o meu filho no Colégio Militar do Rio de Janeiro?
4) Meu filho deve parar as demais atividades? Ou seja, estudar é tudo?
5) É mais fácil passar para alguma das unidades do Pedro II?
6) É mais fácil entrar no Pedro II se o aluno for oriundo de escola pública?
7) O que cai mais nas provas?
8) Vale a pena fazer provas anteriores?
9) Vale a pena fazer nível médio profissionalizante ou escola militar?
10) E as greves? Não prejudicam o ensino das escolas públicas?
11) Quais seriam as principais vantagens e desvantagens da escola pública de excelência?
Leia também: Cursos Preparatórios (Fundamental ou Médio)
Assista ao vídeo: Quanto custa uma medalha?
0) Quais são as estatísticas de aprovação da Escola de Mestres? |
Estatisticamente falando, nós aprovamos muito mais do que os cursos comuns. No ano em que esse artigo foi escrito (2011), por exemplo, nós classificamos 5 em cada 7 alunos que terminaram o curso preparatório de acesso ao 6º ano. No ano seguinte, aprovamos todos. Em 2015, um dos nossos alunos passou em 5º lugar (rede privada) no Pedro II - unidade Centro -, e dois irmãos (rede pública) foram aprovados no mesmo concurso para o Pedro II - Humaitá. É bom esclarecer que nós só contabilizamos os alunos classificados, ou seja, somente os alunos que serão efetivamente matriculados (se assim desejarem). Em outras palavras, mesmo que em todos os anos só aprovássemos 5 em cada 7 alunos, se trabalhássemos com turmas de 50 alunos (como ocorre com os cursos comuns), pelo menos 35 deles seriam chamados em primeira ou segunda convocações.
Além disso, mesmo quando o aluno não é classificado no concurso, não raro ele consegue bolsas de estudo bastante atreentes para Colégios como Cruzeiro e Santo Agostinho.
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1) O que podemos chamar de escolas públicas de excelência para acesso por quem mora no Rio de Janeiro? |
Escolas de formação geral: Colégio Pedro II – É uma autarquia federal. Está subordinado apenas ao Ministério da Educação, o que lhe dá bastante autonomia com relação ao seu projeto pedagógico. Colégio com mais de 170 anos de existência. O ensino tem enfoque tradicional, mas procura abandonar, pouco a pouco, as práticas que - já se sabe - não funcionam e incorpora ao dia-a-dia as novas tecnologias que fazem parte do mundo contemporâneo. Possui várias unidades (Centro, Humaitá, Tijuca, São Cristóvão, Realengo, Engenho Novo, Niterói). O acesso tem sido por concurso, para o 6º ano fundamental e 1º ano médio regular ou técnico (Informática, Meio Ambiente ou Música), através de provas de Matemática e Língua Portuguesa (com redação). 50% das vagas têm sido destinadas a estudantes oriundos de escola pública. As provas eram predominantemente discursivas até 2013. Desde então as provas têm sido objetivas, sem contar, obviamente, a redação, que foi mantida. (http://www.cp2.g12.br)
CAP UERJ – Vinculado diretamente à Uerj (Universidade do Estado do RJ), com turmas pequenas e pesquisa em tecnologia educacional. O ingresso yem ocorrido apenas no ensino Fundamental, através de sorteio (1º ano) ou prova discursiva de Matemática e Português com Redação (6º ano). Possui uma única unidade, no Rio Comprido, e tem apresentado excelentes resultados nos Vestibulares. (http://www.cap.uerj.br/site/ )
CAP UFRJ – Vinculado à UFRJ (Universidade Federal do RJ) tem sido uma escola de excelência por décadas. Inclusive apresenta alguns dos melhores resultados entre todas as escolas do País. O ingresso tem sido há muitos anos por sorteio -até o 6º ano - e por concurso seguido de sorteio - a partir do 7º ano. Costumam ser poucas vagas, mas como as provas de nivelamento são relativamente difíceis, com baixo índice de aprovação, o número de concursandos para o sorteio se torna relativamente pequeno. Há ingresso até o 2º ano do Ensino Médio. Localizado no bairro da Lagoa. (http://www.cap.ufrj.br/ )
Escolas Técnicas: IFRJ (antigo CEFETEQ – ou escola técnica federal de química), com campi em vários lugares, dentre eles Maracanã e Nilópolis – para carreiras ligadas à química ou biologia. (http://www.ifrj.edu.br/)
CEFET (federal) , no bairro Maracanã – para eletricidade, eletrônica, edificações, administração, turismo, entre outras. (http://portal.cefet-rj.br/)
FAETEC (estadual, vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia e não à Secretaria de Educação – o que faz com que tenha gerência e qualidade diferenciadas das demais instituições estaduais), em vários bairros e abrangendo várias áreas e especialidades. (www.faetec.rj.gov.br)
Escola Politécnica Joaquim Venâncio – Foco na área de saúde pública, principalmente. Fica em Manguinhos, no coração da FIOCRUZ. Excelente estrutura de laboratórios e técnicos. A partir de 2011 (ingresso em 2012), lamentavelmente, o acesso passou a ser via sorteio após prova de nivelamento. (http://www.epsjv.fiocruz.br/)
Escolas Militares Colégio Militar – Instituição de ensino tradicionalíssimo, localizada na Tijuca. Oferece acesso a alunos sem parentesco militar no 6° ano do fundamental e no 1º ano no nível médio. Apesar de parecer igual às outras, o Colégio Militar é o que o que o nome diz: um colégio gerenciado por militares, com a disciplina militar. Os alunos, entretanto, são civis e, ao contrário dos demais (abaixo), não funciona em regime de internato. (http://www.cmrj.ensino.eb.br/ )
EPCAR (Escola Preparatória de Cadetes do Ar) – Fica em Barbacena – MG. O principal concurso de acesso e ao 1º ano do nível médio. Ao fim da EPCAR (3 anos do nível médio), o aluno vai, quase que automaticamente, para a AFA (Academia da Força Aérea) de onde sai oficial ligado a uma das especialidades disponíveis. Regime de internato. O aluno é militar durante todo o tempo em que estiver matriculado e ganha um soldo por isso. (http://www.epcar.aer.mil.br/)
Colégio Naval – Fica em Angra dos Reis. Ao fim, o aluno vai, quase que automaticamente, para a Escola Naval, de onde sai oficial ligado a uma das especialidades disponíveis. Regime de internato. O aluno é militar durante todo o tempo em que estiver matriculado e ganha um soldo por isso. (https://www.mar.mil.br/cn/index.htm)
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2) Como variam programas e provas de concurso para concurso? |
Os concursos são diferenciados em virtude da orientação acadêmica de cada escola.
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3) Vale a pena insistir em colocar o meu filho no Colégio Militar do Rio de Janeiro? |
Há uma grande diferença entre discutir os acessos ao 6º (fundamental) e ao 1º ano (Médio) do Colégio Militar.
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4) Meu filho deve parar as demais atividades? Ou seja, estudar é tudo? |
Na verdade, o mais importante talvez seja “saber estudar”. Até porque o aluno precisa continuar tendo diversão e vida social, mesmo que comprometidas, em ano de concurso.
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5) É mais fácil passar para alguma das unidades do Pedro II? |
Não costuma ser. As unidades que apresentam mais vagas normalmente têm, também, mais inscritos e, portanto, a relação candidato vaga acaba se equivalendo. Algumas vezes ocorre o efeito inverso. Ou seja, como uma determinada unidade oferece menos vagas, muito menos pessoas se inscrevem lá e isso acaba comprometendo a relação candidato/vaga, tornando o acesso àquela unidade mais fácil. O turno NOITE, exclusivo para o Ensino Médio, da unidade Humaitá tem menor relação candidato/vaga. Contudo, não há possibilidade de troca após o concurso.
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6)É mais fácil entrar no Pedro II se o aluno for oriundo de escola pública? |
Sim, é bem mais fácil.
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7)O que cai mais nas provas? |
Normalmente, tudo que está no programa do concurso. Pode não cair tudo em um mesmo concurso, mas considerando a sucessão de concursos, todos os assuntos costumam ser esgotados. Saber toda a matéria é, portanto, importante. Entretanto, se você tiver que decidir entre estudar toda a matéria mal e estudar com profundidade alguns tópicos, prefira a segunda opção. Saber 10 coisas pela metade não é o mesmo que saber 5 coisas. Normalmente é bem menos. Sugiro que comece pelos fundamentos e, em seguida, especialize-se nos assuntos onde for possível se especializar com o tempo de que dispõe.
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8) Vale a pena fazer provas anteriores? |
Somente após estudar todo o conteúdo. Imaginar que refazer e refazer provas anteriores vai adestrar o aluno é um engano. Pode acontecer [e é comum] o formato do exame mudar de um ano para outro, embora a filosofia da prova seja a mesma. Alunos “adestrados” não conseguem se adaptar a provas diferentes com rapidez.
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9)Vale a pena fazer nível médio profissionalizante ou escola militar? |
A principal vantagem das escolas técnicas é o fato do aluno sair, em tese, preparado para ingressar no mercado de trabalho. Outra vantagem é que, como ele adquire contato com uma profissão ainda cedo, ele adquire maior "know-how" para avaliar o que quer, ou o que não quer, para o seu futuro profissional. Uma desvantagem costuma ser a deficiência das escolas técnicas com relação às disciplinas de núcleo comum e que não são necessárias para a formação técnica.
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10) E as greves? Não prejudicam o ensino das escolas públicas? |
As greves prejudicam o cronograma das escolas e a vida social das famílias, pois muitas vezes os alunos perdem parte das férias para complementar os dias letivos programados.
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11) Quais seriam as principais vantagens e desvantagens da escola pública de excelência? |
São escolas gratuitas. O governo fornece quase todos os livros didáticos, os alunos transitam gratuitamente com o vale transporte de estudante e, em algumas escolas, podem até almoçar, se quiserem. O rendimento dos alunos, inclusive, costuma ser melhor do que o da maioria absoluta das escolas particulares. E, quando falamos em rendimento, além da aprovação em vestibulares ou concursos públicos, estamos nos referindo também à parte psicológica e social do jovem. Um exemplo é a formação política, através da participação e consciência representativa, pois é uma parte ativa da estrutura e do projeto político-pedagógico das escolas (pelo menos, as não militares e não técnicas). Além disso, há programas de incentivo à iniciação científica, artística, diplomática em convênio com universidades federais e institutos de pesquisa conceituados no Brasil e no mundo, visando desenvolver e despertar talentos. E as greves? Sim, elas podem ocorrer e são desvantagens, como podem ser as instalações físicas ou o mobiliário. Mas esses fatores não diminuem o carinho e a relação por toda vida dos seus alunos e ex-alunos, sempre muito orgulhosos de terem sido parte do Pedro II, ou do Cap UFRJ, ou do Cefet, ou do Ifrj, ou Fiocruz, CMRJ etc... |