Você certamente já deve ter ouvido falar - ou mesmo participado - de uma "aula show". E este tipo de aula - pelo menos no Rio de Janeiro - costuma envolver um professor que canta, que faz paródias de músicas com fórmulas de física e matemática, ou que faz um monte de piadas, encenações e dancinhas, entre outros recursos cênicos.
A questão é que, em geral, estas "aulas show" são (podem ser) somente mais divertidas e, é claro, otimizam os processos que exigem memorização. Por conta disso, "aulas show" não melhoram as aulas convencionais no que, para mim, é fundamental no ensino de ciências exatas e que, a despeito da ideia que a maior parte do público que faz destas disciplinas, não tem ligação com a necessidade de memorização, uma vez que elas tratam de conceitos que precisam ser compreedidos, conceitos de cuja aplicabilidade e coerência o aluno precisa se convencer (não apenas decorar), conceitos que precisam ser interrelacionados.
Walter Lewin é (foi) professor do MIT reconhecido por suas aulas apaixonantes (que, na verdade, são um show).
Há poucos anos (com cerca de 80 anos) ele foi acusado de assédio por uma aluna (numa conversa pela internet, pelo que pude ler) e o MIT retirou dele todas as honrarias que havia recebido e tirou do ar durante um bom tempo todo o legado de sua vida: as suas aulas. Felizmente, ao que parece, esta insanidade não durou muito tempo e o MIT, assim como ele mesmo, voltaram a divuldar este material que é tão instrutivo para alunos e inspirador para professores do mundo todo.
Esta palestra certamente irá encantar qualquer um que goste de ciência (principalmente os leigos), que tenha curiosidade e que tenha concluído, pelo menos, um bom curso de nível fundamental (9º ano/8ª série).